quinta-feira, 28 de março de 2013

VIDEO INTERESSANTE


É verdade que é na Primavera que cada ser vegetal se cobre com um traje que mais revela a sua personalidade. O que sob o sol estival hibernava como monotonia cromática explode então numa paleta infinita de tons. Os últimos dias de Inverno despendem-se, quando se pressentem os primeiros sinais do despertar das pulsões primaveris. A floração das amendoeiras, coalham de nuvens brancas a paisagem, transformando-se na melhor ocasião para visitar Alfândega da Fé. Paisagens repletas de encantos que em cada estação se vestem cerimoniosamente. Ora se vestindo de branco, ora embelezando-se com as cores dos amendoais e dos pomares de cerejeiras e pessegueiros, ora cobrindo-se com mantos de flores agrestes retocados por urzes e giestas para, em jeito de soneto, inebriarem os nossos sentidos. Se procurarmos contemplar toda esta beleza, subimos à Serra de Bornes para aí, mais perto do céu, encontrarmos através dos horizontes que vislumbramos, o expoente máximo da liberdade.

sábado, 23 de março de 2013

IGREJA MATRIZ

Descrição - Planta longitudinal composta de nave e capela-mor, mais estreita e mais alta, tendo adossado à fachada lateral esquerda torre sineira quadrangular, sacristia e anexo rectangulares. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja, a da capela-mor mais alta, de uma água nos anexos e de quatro na torre, rematadas em beirada simples. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, a igreja com embasamento de cantaria, à excepção da fachada principal e da torre sineira que é em cantaria aparente, terminadas em cornija e com cunhais coroados por pináculos piramidais sobre acrotério. Fachada principal virada a O., terminada em empena, com cunhais apilastrados e rasgada por portal de verga recta moldurada encimado por óculo amplo, com moldura, exteriormente decorada com bosantes. Torre sineira de cunhais igualmente apilastrados, coroados por pináculos semelhantes, e de dois registos, o inferior frontalmente rasgado por vão rectilíneo e o segundo, em cada uma das faces por sineira em arco de volta perfeita albergando sino; a sineira lateral direita foi parcialmente entaipada para colocar relógio circular; sobre a cobertura da torre surge cruz latina em ferro. Fachada lateral percorrida pelos anexos, rasgados a O. por vão rectangular moldurado, e a N. por duas portas de verga recta, duas amplas janelas rectangulares e quatro outras pequenas, jacentes. Na fachada lateral direita a nave é rasgada por quatro janelas rectilíneas, molduradas e por porta travessa de verga recta com moldura encimada por espaldar recortado, delimitado por elementos volutados, decorado por coração inflamado e encimado por cruz latina de cantaria relevada; a capela-mor é rasgada por janela semelhante. Fachada posterior terminada em empena, coroada por cruz latina e rasgada por óculo circular moldurado e anexo cego e terminado em meio empena.
Cronologia - Séc. 17 - provável construção do edifício;

1706 - segundo o Padre Carvalho da Costa, era uma abadia do padroado real, com rendimento de 800$000, dos quais usufruia o Marquês de Távora, e paga 60$000 de pensão à Capela Real e pertencia ao arcebispado de Braga; a abadia recebia os dízimos da igreja de Vilar-Chão, termo de Castro Vicente; a povoação tem 150 vizinhos;

1758 - nas Memórias Paroquiais, é referido que a igreja tem três naves e cinco altares de talha; nas imediações, situa-se a residência paroquial;

1882 - a paróquia passa a estar subordinada ao bispado de Bragança;

2004, Abril - encerramento da igreja por risco de derrocada da viga central da capela-mor, passando as funções religiosas para o Centro Cultural de Alfândega da Fé.